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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013



Medíocre eu
Minhas sombras
Meu corpo vazio de alma que vaga por aí
Para que aqui estou?
Com que finalidade eu ei de vir a este mundo?
Eu que não sou digna
Derrotada
Me olham com desprezo
Diferente sou tratada
Nenhum crédito a mim é dado
Ainda espero por alguém que me dê a mão
Meu esforço nunca reconhecido
Revolta o meu ser
E choro o meu pranto sofrido
Ao ver aquele ciclo novamente vir a acontecer
Boba eu
Sou como alguém com calos nos pés
Insistindo mesmo assim
Colocar o sapato mais apertado
Sempre vai doer.

Sara Póvoa

Um comentário:

  1. Lindo!Lirismo suave, marcado por posições antitéticas. Visão questionadora da vida, tão inerente ao ser humano universal.
    Parabéns!!!

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